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Mostrando postagens de março 20, 2008

Lêdo Ivo

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“Desde a infância eu desejava ser um poeta e escritor. A prosa das primeiras leituras me levava a viver aventuras nos mares do Sul – aos navios-piratas que desfraldavam uma bandeira negra, com uma caveira branca no centro, à busca de tesouros escondidos em ilhas desertas, a tempestades e naufrágios.” Lêdo Ivo, O vento do mar Falastrão. Este é o epíteto que colecionamos a partir de uma declaração do próprio Lêdo Ivo dada ao poeta pelo amigo João Cabral de Melo Neto. A história foi contada ao jornalista Geneton Moraes Neto numa entrevista feita há cerca de dez anos e agora publicada no seu blog: “João foi um grande amigo meu, mas tínhamos temperamentos diferentes. Enquanto ele ia para um lugar, eu ia para outro. Dizia que eu falava muito; achava que só a morte é que me reduziria ao silêncio.” Pela ocasião dessa amizade, João Cabral lhe escreveu um epitáfio: Aqui repousa Livre de todas as palavras Lêdo Ivo, Poeta, Na paz reencontrada de antes de falar E em silêncio