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Mostrando postagens de outubro 7, 2008

Itinerários da poesia de Zila Mamede

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Partida Quero abraçar, na fuga, o pensamento da brisa, das areias, dos sargaços; quero partir levando nos meus braços a paisagem que bebo no momento. Quero que os céus me levem; meu intento é ganhar novas rotas; mas os traços do vigem mar molhando-me de abraços serão brancas as tristezas, meu tormento. Legando-te meus mares e rochedos, serei tranqüila. Rumarei sem medos de arrancar dessas praias meu caminho. Amando-as me verás nas puras vagas. Eu te verei nos ventos de outras plagas: Juntos – o mar em nós será caminho. (Zila Mamede, Salinas ) Zila Mamede – itinerário e exercício da poesia (parte II): Salinas – do mar à terra da mãe por Paulo de Tarso Correia de Melo* “Pesada e real, diversa é a praia agora” (Soneto das Variações, Rosa de Pedra) Salinas foi editado em 1958, na “Coleção Aspectos”, do Ministério da Educação e Cultura, após receber o prêmio Vânia Souto de Carvalho, Recife, 1958. Embora Zila Mamede o tenha definido como um livro que merece