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Mostrando postagens de fevereiro 3, 2011

Cafés, bondes e carnavais

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Por Pedro Fernandes Antes do bonde elétrico, eram os burros que faziam os transportes urbanos. Numa crônica de março de 1877, Machado de Assis com seu olhar flâneur põe os animais em diálogo a refletirem sobre a substituição de sua força de trabalho pelo bonde elétrico. Na foto bonde de burros na Av. Rio Branco, em Curitiba, em 1901. No Rio de Janeiro, por essa época já circulavam os elétricos. O título é da professora Elisa Amorim Vieira, texto que faz um registro marcante da cidade literária construída por Machado de Assis. Não só sobre a cidade machadiana, mas sobre o olhar do escritor acerca da efervescência urbana em seu tempo. Retomando a ideia do flâneur Vieira lê Machado de Assis, por através de suas crônicas, como legítima figura do tipo, interligando o dia-a-dia do Rio de Janeiro do século XIX ao espaço mais amplo da tradição literárias ocidental. Nas crônicas, Machado comenta das inovações tecnológicas, das mudanças de costumes, das transformações da cidade. Apesa