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Mostrando postagens de novembro 15, 2013

Marcel Proust: o labirinto da memória

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Por Colm Tóibín Proust, sua mãe e o irmão Robert. Há uma fotografia de Marcel Proust, seu irmão e sua mãe capaz de produzir calafrios. A Sra. Proust está sentada, enquanto seus filhos, dois jovens próximos aos vinte anos, estão de pé, um a cada lado dela. Estão bem vestidos e em seus olhos há um olhar que faz pensar no  boulevard  e no  salon . Os dois têm algo de felino e afetado. É fácil imaginar porque  maman  tem um ar severo e reprovador. É uma mulher que viu a cara das dificuldades e estes jovens estão preparados para dificuldades mais doces, delicadas e agradáveis. Quando o observador volta a deslizar para seu olhar para eles pode apreciar em Marcel mais inquietude interior; seu olhar não é tão sossegado como o de seu irmão Robert. As cartas que sua mãe enviou a Proust estabeleceram o cenário do primeiro volume de seu romance e marcaram a pauta de sua vida. Uma das correspondências, por exemplo, foi escrita em 1895, quando Proust tinha então 24 anos e estava e