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Mostrando postagens de novembro 21, 2014

Passeios pela literatura de Mia Couto

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Mia Couto seria um homem branco africano desconhecido, filho de colonos português, com corpo comum, óculos e barba rara comum, mãos sempre em movimento, jaqueta e calças comuns, olhos claros comuns. Seria apenas quando muito António – seu nome de batismo – que cruza pelas ruas e ninguém vê. E se assim fosse, este anonimato é o preferia, disse já reiteradas vezes o escritor, misto de timidez e simpatia demonstradas nos gestos e na voz melódica. O escritor é um contador de histórias. E isso é o que mais faz Mia Couto quando salta para fora dos livros para cumprir a sempre lotada agenda. E faz com um português recriado daquilo que muito ouviu quando criança e durante toda sua vida na extensa aldeia chamada Moçambique tão marcada pela diversidade cultural. “À medida que ia nascendo, ia sendo escritor. Foi algo que me acompanhou no descobrimento de mim mesmo”, refere-se de como foi se tornando escritor.  Na já prestigiada carreira literária, a última honraria de grande valor re