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A traição ao anonimato papeleiro: os cem anos da primeira edição de “Triste fim de Policarpo Quaresma”

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Por Alfredo Monte Cena da adaptação de  O triste fim de Policarpo Quaresma para o cinema "Meu senhor, exclamou ele no tom mais cortante, onde acredita estar? Desconhece a tal ponto os procedimentos adequados? O senhor deveria antes de mais nada apresentar sua demanda ao encarregado de serviço. Este deveria encaminhá-la na boa e devida forma ao chefe da repartição, o chefe da repartição ao chefe da divisão, o chefe da divisão ao meu secretário, o qual afinal a submeteria à minha apreciação" (trecho de O capote , de Nikolai Gógol) Um dos textos mais brilhantes e lúcidos da nossa ficção, Triste fim de Policarpo Quaresma teve sua primeira edição em livro há cem anos, embora escrito nos primeiros meses de 1911 (a partir de agosto até outubro, saiu em folhetins na edição da tarde do Jornal do Commercio ). Foi a segunda obra que Lima Barreto (1881-1922) conseguiu publicar em sua tumultuada carreira, seis anos após Recordações do escrivão Isaías Caminha . Mu