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Mostrando postagens de junho 29, 2015

Número zero, de Umberto Eco

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A história do jornalismo é construída com tanta má informação que é bem possível que não receba como merece a narrativa de Umberto Eco em Número zero . É fácil lembrar da recepção de dois romances que dialogam com o proposto pelo escritor italiano; quando José Saramago publicou Ensaio sobre a lucidez , por exemplo, disseram que o português estaria incentivando o voto em branco como estratégia de dar um golpe na democracia.  Dada a natureza instrumental que muitas vezes têm os jornais para todos os tipos de causa, inclusive as chamadas causas nobres, alguém deve haver tido alguma vez a ideia de criar um periódico não para ser lido pelo público, mas para extorquir os poderes estabelecidos com o propósito de instalar um vazio entre eles (no caso recentemente da mídia brasileira, olhem, não será verdade se a que aí está não é já mestra nisso). Bastam poucos jornalistas devidamente dirigidos e apenas umas dezenas de exemplares para intimidar os destinatários selecionados. Tudo m