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O trem azul do destino da poesia de Demétrio Diniz

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Por Márcio de Lima Dantas 1. O livro Haveres (Natal: Barriguda, 2004), terceiro do poeta Demétrio Vieira Diniz, atesta e faz saber o delineamento de uma singular dicção. Engenho e arte que latejavam na compleição expressional e semântica da fatura dos poemas do livro anterior, Passarás, irrompem numa constelação de imagens no qual se mesclam domínio da arquitetura do verso com uma detida reflexão marcada por uma temperança bem estoicamente sertaneja. O denso e precioso prefácio do também poeta Leontino Filho, retalhando o livro em nacos de exegética profundidade, e com arguto conhecimento de categorias da teoria da literatura, alcança a requintada estampa do livro, detendo-se em cada poema, numa atitude amorosa de leitor afeito à poesia de qualidade; o crítico, apaixonado por seu objeto, engendrou um ensaio cujas fronteiras recendem o suave perfume das chapadas florescidas da mais autêntica poesia.  Poesia resultado de um indivíduo que é uma espécie de arquiv