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Mostrando postagens de agosto 12, 2016

Doutor Fausto, de Thomas Mann

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Por Rafael Kafka Thomas Mann é dono de uma obra ambiciosa de todos os pontos de vista, apelando para uma escrita que exige demais do leitor quando diante das densas histórias contadas pelo escritor alemão. Em seu texto, há a marca da erudição de alguém que se propôs a conhecer as mais variadas áreas do saber e as diversas correntes ideológicas de seu tempo, colocando-as para embates homéricos do ponto de vista dialógico no decorrer das cenas de seus romances. Há também em sua escrita o desejo de não falar apenas de uma pessoa. Mann, como os antigos autores de epopeia, escreve sobre coletividades. Porém, não há mais em seus romances o universo harmônico e o convite ao desbravamento que outrora havia nos relatos heroicos de seres como Homero. Thomas Mann é autor de romances e o romance é uma arte feita em tempos modernos e desconstruídos, nos quais o mundo não é mais um espaço harmônico e cheio de esperança. O mundo se mostra um espaço de individualidade perdida, de absurd