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Mostrando postagens de setembro 14, 2016

Virginia Woolf - entre cartas e diários, a impressão de nunca estar pronta

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Por Carmen G. de la Cueva Virginia Woolf, 1939. Foto: Gisèle Freund Entre outras coisas, por esses dias estive lendo uma biografia de Virginia Woolf publicada no Reino Unido em 2011. A autora, Alexandra Harris, professora da Universidade de Liverpool, tinha então trinta anos. Este dado passaria totalmente despercebido para qualquer leitor, mas para mim, uma jovem aspirante a escritora que não cumpriu ainda os trinta anos, qualquer sucesso de alguém dessa idade, me consola. E, tristemente, penso: “Oh, apenas trinta anos! E ainda tenho vinte e nove, tenho tempo de escrever uma biografia literária de Anne Carson ou, quem sabe de Joan Didion – ainda vivas e jovens de coração – ou talvez uma grande tese sobre a poesia feminina ou os mais belos poemas sobre a passagem do tempo”. Enquanto minha cabeça sonha uma voz como que de desesperada diz: “não conseguirei, só me restam três meses para publicar antes de completar os trinta”. Os trinta são, irremediavelmente, a fronteira do fr