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Mostrando postagens de novembro 17, 2016

A tradutora, de Cristovão Tezza

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Por Pedro Fernandes A literatura brasileira contemporânea está repleta de romances bem escritos, mas vazia de narrativas capazes de produzir no leitor um encantamento por uma personagem. A afirmativa leva em consideração uma literatura que tem a presença de figuras como Macabéa, Dom Casmurro, Riobaldo, Policarpo Quaresma, figuras que, depois de a encontramos, incorporam-se à nossa existência e passam a conviver conosco, como se alguém muito próximo ou que conhecemos em vida numa ocasião qualquer. E delas falamos quando precisamos explicar determinadas situações que se passam ao nosso redor ou proximamente. Isso ocorre, em parte, porque de algum tempo para cá os escritores têm estado preocupados em construir bem determinados temas (modismo que se reflete também entre os leitores, que querem, antes de tudo tratar sobre recorrências temáticas e não sobre o labor estético, isto é, os modos de composição da narrativa e seus elementos estruturais). Isso tudo serve para dizer a