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Romances de Patrick Melrose (vol. 2), de Edward St. Aubyn

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Por Pedro Fernandes Não importa o que se faça dessa vida. Se dediquemos a gastar cada minuto do tempo entre o ócio ou o trabalho exacerbado de construir uma eternidade, isto é, se aproveitemos ou não à maneira que nos for conveniente, sobretudo, se nos for dada a sorte de nos sobressair de todos os empecilhos que se mostram desde quando não passamos de uma vaga ideia na cabeça de um casal que gostaria de seguir o curso natural da existência com a reprodução. Nada importa. O fim é sempre o mesmo. Ninguém escapa à passagem inexorável do tempo, essa lâmina que corrói vagarosamente ou não a vida.  Se são diversas as maneiras como transcorrem as vidas de cada um, e se o romance é, desde sua gênese, uma espécie de sismógrafo dessas diversidades individuais, por mais que o fim seja sempre o mesmo, não tem faltado exercícios que buscam observar de maneira igualmente diversa esse fluir da vida. E se, em algum momento, a crítica julgou sepultado esse interesse do romance, principa